há gestos que partem das mãos de uma criança
e se envolvem no voo alado das borboletas
há um pulsar de vida que não cessa
poemas singelos que o mundo lhe oferta
a cada flor ou estrela que guia os seus passos
há pinturas que se movem bem dentro dos seus olhos
suspiros e sentires que se expandem em voo livre
utopias que se afiguram e se perdem com a idade
oh, como amo a sua simplicidade de sentir
de ver e escutar a vida a cor e versos
e de saber tocá-la com o Coração
esse jeito de abrigar o mundo
na palma das mãos
e de ensiná-lo a voar feito pássaro de sonhos
possa eu despertar na luz cândida do seu olhar
e assim (re)conhecer, nem que seja um pouco
da verdade que o seu coração conhece
é de louvar os (en)cantos
que um coração de criança sonha, toca e percebe